Os alunos do Curso de Formação Profissional de Agentes e Escrivães da Polícia Civil de Sergipe receberam nesta sexta-feira, 6, a visita da investigadora da Polícia Civil do estado de Minas Gerais e doutora em Sociologia pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Adriana Maria Amado, que ministrou uma palestra sobre mediação de conflitos e está à frente do Projeto Mediar.
investigadora Adriana MariaO projeto Mediar é uma atividade aplicada como mediação de conflitos em Minas Gerais e funciona como referência para todo país por ter sido o primeiro Estado a implantar este tipo de serviço. A mediação, que está regulamentada, possuí outras resoluções e recomendações que dão as diretrizes de como funciona os núcleos. São 13 núcleos, tanto na Capital, região metropolitana e interior, que têm sido bem aceitos tanto pelo policial quanto pela população.
De acordo com investigadora, a mediação de conflitos pode ser aplicada a qualquer tipo de situação de crime, seja de menor potencial ofensivo ou não. Cada instituição deve fazer uma avaliação de qual recorte quer trabalhar. "Em Minas, trabalhamos com crimes de menor potencial ofensivo e fatos atípicos, pois percebemos que nossas delegacias estavam lotadas de ocorrências desses tipos de crimes", explicou.
Segundo a doutora Adriana, a mediação diminui o número de registro de ocorrências nas delegacias, sendo ela uma excelente ferramenta de gestão para o delegado de polícia, que tendo uma equipe de mediadores, consegue desafogar o trabalho da equipe, que fica mais atenta aos crimes de maior potencial. .
"O que ocorre é que a mediação é capaz de fazer com que as pessoas diminuam os registros. Por isso, é uma ótima ferramenta de gestão para os delegados. Eles precisam perceber que a mediação não está trazendo mais trabalho, pelo contrário, está diminuindo o serviço, quando se faz essa redução de reinscidência penal", acrescentou .
Sobre o projeto Acorde, a investigadora explica que existe uma amizade entre os projetos desde 2011, quando a equipe da delegada Daniela Lima esteve em Minas Gerais para conhecer e aplicar a mediação em Sergipe. "Nós estivemos aqui no mesmo ano para fazer a capacitação dos policiais que foram selecionados. A partir de então, o Acorde teve sua regulamentação e todas as diretrizes para início dos trabalhos no núcleo que funciona no bairro Santa Maria", completou.
Para a investigadora, a intenção dessa parceria é conseguir que o projeto Acorde seja tão exitoso quanto o Mediar e que possa ter a sua expansão para outras unidades policiais, ou para uma central de mediação. "O intuito das mediações é o de que a população tenha acesso a esse serviço da forma mais interessante, em que as pessoas possam ter acesso à Justiça", finalizou Adriana.
Fonte:PC.SE
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